Destempero de chefe de gabinete tem apoio do prefeito? Eis a pergunta

Para os empresários, um grande evento. Para o governo, fraco demais. Mas terminou partindo do chefe de gabinete da Prefeitura, a análise mais dura a respeito do movimento liderado pelo comércio de Ilhéus contra o aumento nos impostos da cidade.

Nas redes sociais, Victor da Veiga, reagiu. "Vi pessoas que participaram dos governos mais corruptos da história da cidade, pagando uma de puritano, como se a história pudesse ser reescrita. Bom, com todo o respeito, mas os senhores Paulo Ganen, Alfredo Landin, José Nazal e outros, foram SECRETÁRIOS dos governos mais desastrosos e corruptos da história (...). Ora, este governo passou quase 3 anos consertando o que ELES detonaram", escreveu. 

A análise dura (e  com a versão de quem não vê erros na caneta e na gestão do patrão) – não se sabe se com o consentimento do comando do Palácio – continuou. “Não pautamos o governo nesses que não têm autoridade moral para criticar este governo que NÃO responde a nenhuma denúncia de desvio ou corrupção (sic)”, escreveu.

Se foi um desabafo pessoal, mesmo assim Victor da Veiga acaba de criar uma distância ainda maior entre o governo e os empresários. Também demonstra inabilidade política ao achar que quem não participa do atual governo, não tem moral para criticá-lo. Que os que estão dentro são honestos e que os que estão fora não têm direito de falar o que pensam, de discordar, fundamentalmente.

E encerra sua análise citando 11 (número eleitoral do prefeito Jabes Ribeiro) realizações do governo e garantindo aos adversários que foram às ruas que eles levarão uma nova surra ano que vem.

Como se ele estivesse sozinho com a verdade. E o voto dele pudesse decidir sozinho os destinos da cidade.

Não é bem assim.